Page 22 - index
P. 22





taxo serão as conveniências 5. POR QUE ALTEROU
ao comêrcio exterior e a taxa - A chamado taxa fixa, co-
de juros, embora outros indi- locterizada por reajustes sepa-
cadores econômicos também rodos por periodos longos, foi
devam ser utilizadas. O re~ abandonada porque tinha os
GALV~AS juste em periodos mais redu- seguintes vista do comércio
do
íncovenlentes
zidos evita que os produtos
ponto de
brasileiros se tornem gravosos exterior: a) consistia subsidio
EXPLICA no comércio internacional. Por e estimulos à importação, por-
outro lado, haverá a preocu- (hJe depois de cada reajuste,
poçõo de não permitir que ca-
NOVO da reajuste seja superior, au cs preços internos prosseguiam
subindo, tornado
relativamen-
mesmo igual, à taxa de juros te baratos os preços dos pro-
CÂMBIO no periodo decorrido. Isto a- dutos importados; b) eliminava
fasta a possibilidade de espe- a defesa tarifária da produção
culação, pois ninguém ganha- nacional, porque a alta dos
rá adiando a exportação até cu::tos internos elevava os pre-
que a taxa se eleve. Ganhará ços dos produtos nacionais,
mais quem receba logo, pois que muitas vêzes se tomavam
o presidente do Banco Cen- os juros serõo sempre mais superiores aos dos similares
tral, 5r. Emane Galvêas, escla- elevados que a diferença de importados; a situaçêlo só era
receu as dúvidas fundamen- taxa. corrigida de tempos, nos rea-
tais da alteração decidida no justes; c) penalizava as expor-
sistema de reajustes ccmbloir, 3. O PERTODO- Os pe- tcções brasileiras, que só ti-
enumerando as causas da mu- riodos entre doi') reolustes se- nham condições de competir
donçc e as previsões de; suas rão sensivelmente reduzidos, r-o rnercado internacional nos
consequências. Nos 12 pontos mas não terão fixação deter- períodos imediatamente se-
seguintes estão sintetizadas as minada. Não serõo mensors, guintes a cada reajuste cam- --
suas declarações.
nem trimestrais, necessoric- bial.
mente.
1. A MODIFICAÇÃO
A alteração fundamental occr- 4. O QUE NÃO MUDOU
tido no mecanismo de taxa - Não mudou a circunstân- 6. RAZõES MONET ARI-
cambial fOI a decisão de rea- cia da taxa ser única. Há mui- AS - Logo que ocorria um
lizar os reajustes em periodos to o Brasil preferiu a taxa uni- reoiuste cambial seguia-se um
mais reduzidos. O Govêrno n- ca às taxas multiplas. A pri- ingresso maçiço de recursos
aotou a taxa flexivel e não a meiro é uma só paro todos, os externos no pais. Logo que se
taxa flutuante. No primeiro produtos e tôdas as transa- ciifllndia a expectativa de um
\:a50 05 reajustes de taxa são cões, A segunda forma é a pr6ximo reajuste, ocorria o
dec.ididos pelo Govêrno, base- que prevê taxas diferentes pa- inverso; r e c ur s o s externos
ado em diversos indicadores ra diversos produtos ou diver- erom remetidos em massa pa-
de conveniência. No segundo sos trcnsoções. Esta segunda ra fora do pais. Essa circuns-
caso, a oscilação se dá por hip6tese foi e continuará a- tcncto "era não apenas ineon-
fôrça dos fatôres do mercado. bandenada, porque sua a- veniente para o balanço de
dministração é muito dificil e pC1gcmento, como também pa-
2. OS CRIT~RIOS DO RE:. acarreta distorções econômr- ra a situação interna: crises e
AJUSTE - Os critérios que o (as. Nãa mudarão também os excessos de crédito se sacudi-
Govêrno considerará com mai- contrõles em vigor sôbre o am, perturbando a vidc do
or ênfase para os reajustes de câmbio manual. pois.

Página 20 INDÚSTRIA OEARENSB
   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26   27