Núcleo de Economia

Informativo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará • 26 de fevereiro de 2016 • www.sfiec.org.br

Até que enfim, um sopro de positividade

Desemprego sobe para 7,6%, maior taxa para janeiro desde 2009; a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de crédito do Brasil para abaixo do nível de investimento, e retirou o selo de bom pagador; a Goldman Sachs anunciou estimativa de crescimento da economia mundial de 3,5%, enquanto que para o nosso país a perspectiva é de retração de -1,6%. Nosso menor desempenho relativo se torna mais evidente quando se observa que os mercados emergentes deverão crescer 4,9%, e países como a Índia e a China, 7,8% e 6,4%, respectivamente.

A semana, assim, seguiu a linha de notícias ruins para a economia brasileira, o que não é novidade.

Por outro lado, o que chamou a atenção neste período, foram algumas notícias positivas. Tivemos o anúncio, por exemplo, do superávit de R$ 14,8 bilhões em janeiro nas contas do governo central, o primeiro resultado favorável deste abril de 2014, mesmo com déficit de R$ 8,5 bilhões da Previdência Social.

A isso, acrescente-se a real possibilidade de elevação dos preços de nossas commodities a partir do segundo semestre deste ano. Como a tendência é que o câmbio siga desvalorizado, podemos esperar impulso nas exportações, com os consequentes rebatimentos nos demais setores econômicos.

Também na direção das boas novas, tivemos na semana a aprovação no Senado do projeto de lei que tira o monopólio da Petrobras como operadora dos blocos na camada do pré-sal. Isso vai possibilitar leilões de novos campos a partir de 2017, elevando, naturalmente, os investimentos privados futuros.

Notícias que sugerem um sopro de positividade para os próximos dias. Para que isso se concretize, porém, é preciso persistir no sentido de viabilizar a aprovação de medidas de ajuste fiscal, reduzindo os gastos e aumentando a previsão de receita para os cofres públicos.

Que a próxima semana nos seja leve!