foto :: diretorias :: biografia
  voltar :: imprimir  

   


O reflexo do espírito em parceria

O presidente da FIEC Dr. José Flávio Costa Lima demonstrara uma visão do futuro ao entregar os destinos do Centro Industrial do Ceará-CIC à nova geração de empresários, iniciativa por alguns considerada a de maior importância dentre as numerosas marcantes do êxito da atuação do ilustre cearense à frente daquela entidade; a comprovação ocorreria em 1992, com a eleição e a posse do economista Fernando Cirino Gurgel, pela qual o Centro chegou à presidência da Federação, por ele exercida daquele ano ao de 1999, quando, a 17 de setembro, findou o mandato respectivo.

Ao nela investir-se a imagem da FIEC já estava consolidada, com a Casa da Indústria a ostentar a capacidade inegável do empresariado cearense, da presidência inaugural do Engenheiro Waldyr Diogo de Siqueira à do Dr. Luiz Esteves Neto, marcadas pelo influxo da determinação comum de superar o maior problema nacional, dos desníveis internos e dos demais por esses impostos e a exigirem, causa e efeitos, uma política agressiva de captação de investimentos e de multiplicação de ações de toda a sociedade cearense e nordestina.

Em seu discurso de posse o economista Fernando Cirino Gurgel recorreu ao termo parceria como a síntese dos propósitos de reunir para um fimde interesse comum, bandeira, afirmou, eficaz na sensibilização da classe empresarial e, particularmente, no Sistema FIEC; mostrando-se otimista ressaltou ser aquele um momento peculiar na história do Estado, "...visto, a nível nacional e internacional, como cenário onde o espírito público alcança ampla expressão e.. os recursos direcionados para objetivos claramente definidos".

Estas palavras referiam-se, claramente, à nova orientação do Governo do Estado, posta em prática de conformidade com as idéias discutidas no CIC e aceitas por seus integrantes, à frente o Governador Tasso Ribeiro Jereissati, um dos expoentes do referido agrupamento de empresários não só nesta condição, mas, particularmente, na de obstinado estudioso da realidade política, econômica, administrativa e social tanto no âmbito estadual como nos mais vastos, incluindo o mundial; por conseguinte, representava o princípio centralizador do pensamento e da ação voltadas para a superação do atraso, dos desníveis e das conseqüentes desigualdades nas várias dimensões, de maneira, no entanto, discreta a fim de manter e desenvolver continuamente a integração do grupo.

A atuação do presidente Fernando Cirino Gurgel na presidência da FIEC nada ficou a dever em resultados positivos à de qualquer dos seus antecessores em dinamismo e criatividade, pelo menos, implicando em um novo dimensionamento da função do empresariado e, particularmente, das respectivas entidades, assegurando a multiplicação e a eficiência dos serviços oferecidos não somente à população industriária, pois outros setores sociais foram também beneficiados, mediante ações comuns com órgãos governamentais das várias esferas dos poderes públicos e da iniciativa privada; a este processo cabe a denominação de grande parceria, caracterizada pela abertura para a sociedade, em todas as manifestações tendentes ao bem comum, expandindo-se, por conseguinte, dos objetivos referentes à economia industrial para o impacto dessa no progresso, consubstanciado na evolução cultural.

No entanto, para o povo, em grande parte indiferente ou desatento aos fatos, contidos nos jornais e estações radiofônicas e televisivas, em notícias ou comentários ocasionais, por conseguinte fragmentos, não permitem uma visão de conjunto, a partir da qual é possível uma apreciação exata das múltiplas realizações, sempre julgadas, aliás, por efeitos imediatos e sensíveis às pessoas interessadas; para o entendimento dos princípios, das normas, dos programas e das realizações, sobretudo de conjuntos como o Sistema FIEC, é indispensável, para manter o apoio e a continuidade, uma divulgação inteligente, como a providenciada no documento FIEC-Avanço Solídário, O Reflexo do Espírito e da Parceria, editado com propósito comentado nestas linhas, isto é, de ajuizamento do programado e realizado fundamentado na abrangência do pensamento diretor das ações desenvolvidas no período de 1992 a 1995, tornando dispensável a enumeração delas, aqui, sem prejuízo de algumas considerações indispensáveis ao alcance mais amplo da relação com o processo desenvolvimentista posto em prática por políticas governamentais nem sempre compatíveis com as características fisiográficas e antropológicas não apenas regionais como zonais, a exigirem providências específicas, umas tantas impeditivas de atendimento padronizado, até mesmo por influências ou interesses políticos, fator de desvios e artifícios prejudiciais e, consequentemente, de frustrações de esperanças e de descrédito das agências cuja função é a de promover o desenvolvimento para o bem comum, impossível sem a parceria responsável e participativa.

Na festa de confraternização do Natal de 1994 do Sistema FIEC, em 21 de dezembro, o economista Fernando Cirino Gurgel expusera a preocupação de realizar, no cumprimento do seu mandato de presidente, uma adaptação criativa e competitiva da indústria cearense, diante do conturbado ambiente em rápida transformação, mencionando as realizações daquele ano, notadamente diversas viagens a outros Estados para tentar corrigir distorções de medidas governamentais ou de projetos em transição no Legislativo, ressaltando a defesa, em reunião na capital paulista, do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco para o Ceará, com solução definitiva do problema crônico das secas devastadoras; a participação ativa no Pacto de Cooperação, concorrendo para entidades públicas e privadas se integrarem no debate das questões de interesse nacional e regional, e a interligação, assegurada pelo recém criado Departamento de Informática da Federação por ele presidida, com a INTERNET, principal base de dados no mundo, implicando, por conseguinte, na integração, tanto interna quanto externa.

Em 20 de setembro daquele ano o Sistema FIEC, através do SENAI Nacional e do Regional do Ceará, e do IEL em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Governo Estadual-SECITECE e o SEBRAE, anteriormente Núcleo de Assistência à Indústria-NAI, instituído pela SUDENE em 1972 e em atividade no âmbito estadual desde 1993 com o objetivo precípuo de apoio às Pequenas e Médias Empresas incluídas as de Turismo; envolvendo ainda, a Federação da Agricultura do Estado do Ceará-FAEC e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-SENAR; concretizava a iniciativa do Sindicato da Indústria de Bebidas local conjuntamente com a mencionada SECITECE.

O objetivo principal da promoção foi o de trazer ao conhecimento dos empresários e técnicos da respectiva especialidade a experiência bem sucedida no Estado de Minas Gerais, de onde vieram a Fortaleza o fundador e 1o presidente da Associação Mineira de Produtores de Aguardente de Qualidade-AMPAQ Dr. Walter Caetano Pinto, então diretor de Promoções e Eventos da dita entidade, o sucessor daquele, no mandato, Dr. Alexandre Teixeira de Figueiredo, e o coordenador técnico do Programa Pró-Cachaça, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento daquele estado, os quais foram ouvidos com muito interesse pelos participantes da reunião na FIEC, intitulada de Encontro dos Fabricantes de Aguardente e Produtores de Cana de Açúcar do Estado do Ceará, representados, na ocasião, por empresários de Fortaleza, de Acarape, do Cariri e da Ibiapaba.

 

Iniciativas principais

Limitando-se a apreciação das iniciativas da FIEC sob a presidência do industrial Fernando Cirino Gurgel às postas em prática a partir de 1996, a primeira foi a da instalação de uma Delegacia Regional em Horizonte, com atividades extensivas a Pacajus, em 15 de abril de 1996, como etapa do cumprimento de um programa de descentralização administrativa da Federação, cuja importância se liga à política de interiorização do desenvolvimento, proposta pelo CIC e em cumprimento pelo Governo do Estado a fim de evitar o afluxo de um número excessivo de trabalhadores para Fortaleza, dificultando soluções para a capital e agravando a situação no interior, exposta a esse problema desde a emigração forçada para a Amazônia ao tempo da Segunda Grande Guerra e da legislação trabalhista excludente da concessão de salários aos agricultores, fator, igualmente, do incessante êxodo rural, desarticulador, tanto quanto a seca, da eficiência da economia cearense.

A Delegacia recém instalada, com a posse do seu primeiro titular, o pioneiro, naquela zona, da atividade fabril, com a LAM Confecções S/A , Engenheiro Antônio Marcos de Oliveira Nunes, já presidente da Associação dos Estabelecimentos Industriais de Horizonte-AEIH, coincidiu com a realização, ali, de um Encontro dos Empresários das Indústrias de Horizonte e Pacujus, o segundo aliás, promovido pelo Departamento de Assistência à Pequena e à Média Indústria-DAMPI, em parceria com a Prefeitura Municipal do município ali sediado, antigamente a fazenda de criação de Domingos Carneiro de Sousa, coronel da Guarda Nacional e um dos maiores contribuintes para o Tesouro Estadual., em seu tempo.

Também naquele dia, em solenidade separada, o presidente da FIEC efetuou o lançamento da pedra fundamental, de um Centro Integrado SESI/SENAI, na área reservada, em Horizonte, para a dita edificação, assim como para os blocos de um e do outro Serviços do Sistema nucleado na entidade patronal da indústria cearense; o espaço em referência fora cedido pelo Grupo Petroquímica Participação-PETROPAR, a cujo diretor-presidente empresário Ming-Ling agradeceu de público, o mesmo fazendo o Dr. Silvério Baranzano, gerente industrial da FITESA Horizonte Industrial Ltda., ressaltando a compreensão de ambos; desse modo, era dado um passo deveras importante para a viabilização do programa de implantação de novas indústrias, dentro do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Ceará.

Em maio seguinte, precedente à comemoração do Dia da Indústria de 1996, a FIEC manifestava o seu apoio a uma iniciativa de estudantes das áreas de Economia e Administração da Universidade Federal do Ceará-UFC; Universidade Estadual do Ceará-UECE e Universidade de Fortaleza-UNIFOR, mantida pelo Grupo Edson Queiroz; os quais agiram impulsionados pela manifestação da entidade empresarial da indústria cearense da necessidade imediata de um entendimento com aquelas instituições docentes no sentido de oferecerem métodos mais eficazes para a preparação profissional naquelas áreas, para as quais o surto industrial exigiria, em breve, especialistas da mais alta competência.

Com essa visão do futuro próximo, tanto por parte dos empresários como dos universitários, a FIEC, por intermédio do DAMPI, e contando com a parceria SEBRAE/CE, instituiu a Fundação Executiva Global a fim de proporcionar àqueles citados em segundo lugar oportunidades para o maior conhecimento de assuntos econômicos e administrativos, atualizados, com o qual ficariam mais capacitados a atender as necessidades da expansão da indústria no Estado.

A atividade inaugural da Fundação consistiu na palestra O Perfil do Executivo do Século XXI, proferida pelo Professor Mário Donadio, além de Consultor de Empresas por experiência em seleção de executivos com assistência prestada a instituições da ordem da International Business Machines-IBM e do Banco do Nordeste do Brasil-BNB, posteriormente BN, graduado em Sociologia, Serviço Social e Física, por conseguinte com uma visão ampla de assuntos convergentes em atividades pertinentes ao processo de industrialização, como requerido para o acesso à profissão de conformidade com a perspectiva da globalização da economia, segundo salientou o presidente da FIEC ao apresentá-lo aos empresários e aos universitários interessados na preleção a seguir.

Em 1º de outubro de 1996 realizou-se na capital cearense o Circuito Internacional de Panificação, tendo concorrido para sediar esse importante evento o reconhecimento por parte da classe, em vários países, da atuação do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado do Ceará, notadamente por manter, desde 1980, o Centro de Treinamento em Moagem e Panificação, por iniciativa do Sistema CNI, da FIEC através do SENAI em convênio com a empresa J. Macêdo Alimentos.

O interesse despertado pelo Circuito realizado em Fortaleza naquela data foi expressão da qualidade característica de uma empresa do Ceará, integrante de um grupo econômico tendo à frente o economista José Dias Macêdo, reconhecidamente um dos grandes vultos da iniciativa privada propulsores do desenvolvimento do Estado natal, dentre outros, em número avultado, por conseguinte a capacidade pessoal deles como empreendedores vitoriosos e conscientes do dever moral e patriótico de contribuir para a geração de bens, de empregos e de melhoria das condições de vida indispensáveis à dignidade do ser humano; para tanto, a FIEC, através do SENAI, por sua vez recomendado pela eficiência de órgão propulsor da qualificação e do aprimoramento do operário, atribuindo-lhe a promoção a técnico, modelo para outros países voltados para a industrialização, possibilitou e valorizou o mencionado evento, do qual o CERTREM surgiu para gerar atração de cursistas não somente brasileiros como estrangeiros.

O transporte ferroviário no Ceará mereceu a atenção da FIEC, como não podia deixar de acontecer, por ter chegado a um ponto de quase completa paralisação, devido a vários fatores, a começar pela incúria das autoridades responsáveis pelo setor, acentuada com a centralização pela Rede Ferroviária Federal, sediada na capital pernambucana; o obsoletismo das máquinas de composição e dos equipamentos, refletido na conversão da outrora conceituada oficina do Urubu em museu, a concorrência do transporte rodoviário, tanto em cargas como em passageiros, além de outras causas evidentes, sinalizaram o fim do percurso da mais significativa realização do povo cearense, à convocação do senador Thomás Pompeu, de João Brígido e de outros cearenses progressistas, subscritores de ações para a Estrada de Ferro de Baturité, uma das primeiras, quando não a precursora, da iniciativa privada, no Brasil; por razões múltiplas, a FIEC não podia silenciar, abrindo o seu auditório para mais um acontecimento de grande importância, qual a reunião com os interessados em concorrer ao leilão para o arrendamento da malha ferroviária do Nordeste, fixado para o mês seguinte, julho de 1997, pois o ato em apreço, preliminar, ocorreu em 10 de junho daquele ano, prestigiado pelo presidente da FIEC, demais diretores da entidade, outros empresários, além de engenheiros, técnicos e jornalistas, a fim de acompanhar os debates com o desejo de uma solução de acordo com os interesses da economia local, regional e nacional, vencidas as objeções contra o arrendamento por parte de alguns.

Ao pronunciar o discurso inaugural, o Dr. Fernando Cirino Gurgel ressaltou a preocupação da SECITECE em impulsionar o desenvolvimento tecnológico no Ceará, mesmo antes de instalada, e a realização, nesse tocante, de uma oficina de trabalho, da qual haviam participado numerosos empresários, técnicos e outros interessados, para elaboração de um plano estratégico de emergência, a fim de proceder à instalação respectiva, efetivamente concretizada em setembro de 1993, em circunstâncias de funcionamento normal, incluído o ato na programação do I Fórum Cearense de Ciência e Tecnologia - novos rumos para o desenvolvimento tecnológico do Ceará.

A nova Secretaria não desperdiçaria tempo, reservado inteiramente a contatos e realização, segundo comprovou menção feita no pronunciamento do Dr. Fernando Cirino Gurgel, ora comentado, sobre os convênios já firmados, sempre com a participação da FIEC, um deles envolvendo a UFC, com o objetivo de interligar fisicamente o Sistema FIEC e a SECITECE com a Rede Nacional de Pesquisa, através da mencionada instituição universitária; além da integração da Rede Estadual de Pesquisa à Nacional, com a devida estruturação física e humana de cada entidade, do âmbito estadual, disposta a fazer parte, do complexo de informações científicas e técnicas colocadas ao alcance dos interessados; ainda visava o referido convênio de Trad Point, de muito interesse também para o comércio, cuja entidade mais representativa, por existência de mais um século e serviços prestados, Associação Comercial do Ceará-ACC, aderiu à idéia, com entusiasmo, assinando Carta de Intenções, a respeito, por ocasião da solenidade comemorativa do Dia da Indústria de 1994, na FIEC.

O Ceará habilitado, por conseguinte, a usufruir das vantagens daquele Sistema e dos convênios e cartas de intenções devidamente subscritas para a sua validade, em igualdade de condições com outros estados e países já providos de tais meios, aptos, por conseguinte, a se integrarem no universo cada vez menos insondável quanto à compreensão e o domínio da energia cósmica, tornada bem comum da humanidade; neste contexto, o Dr. Fernando Cirino Gurgel, com sua visão penetrante da realidade futura avaliou a importância da visita a Fortaleza dos industriais mineiros, embora a muitos passe despercebido não se justificarem, mais, objetivos restritos e limitados, mas somente fins, como fundamento de uma ação de conjunto visando ao progresso.

A importância da participação da FIEC na Rede Nacional de Pesquisa, conectada, aliás, com as similares de outros países, escaparia à percepção popular, envolta nos problemas daquele momento, porém os empresários, como beneficiários mais próximos e diretos, encararam a providência em apreço como fator decisivo para o desenvolvimento; na edição de outubro de 1977 do mensário Jornal da FIEC, órgão da entidade, o industrial Fernando Cirino Gurgel expressaria o seu pensamento a respeito do assunto, justificando o apoio do empresariado à iniciativa da Federação, da Secretaria da Indústria e Comércio do Governo do Estado e da UFC, concluindo:

"Por conseguinte, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará-FIEC apoia uma infovia para o Sistema CNI. Está pronta para colaborar efetivamente nessa iniciativa, participando de projetos-pilotos e cooperando tecnicamente. Sem perder de vista os benefícios que advirão para o setor industrial, motivador e usuário de todos os esforços da Federação, já se encontra em estruturação sua rede de comunicação de dados, que servirá de elemento de partida para a infovia no Estado".

O funcionamento da moderna estrutura de conexão com bancos de dados tanto do Brasil como de outros países asseguraria o êxito de novas iniciativas da FIEC, como o Núcleo de Negócios com os Estados Unidos, inaugurado em 11 de maio de 1999 com a presença do Cônsul daquele país para o Nordeste do Brasil Francisco Fernandez, do Conselheiro Comercial da Embaixada respectiva em Brasília Miguel Pardo Zela, e do Adido para as relações comerciais de empresas estadunidenses com as do Estado de Minas Gerais Sean Kelley.

Coube ao 1o vice-presidente da FIEC industrial Humberto Fontenele, na ausência, por se encontrar viajando, do presidente Fernando Cirino Gurgel, efetuar a inauguração da nova agência da entidade, vinculada ao Centro Internacional de Negócios-CINTER, instituído anteriormente com vistas a desenvolver o intercâmbio com outros países, inicialmente planejado mediante os trade points; ao apresentar os ilustres visitantes aos industriais, autoridades, técnicos, jornalistas e convidados outros, referiu-se ele às relações comerciais do Ceará com os Estados Unidos, salientando o apoio assegurado pelo Departamento de Estado do Governo de Washington para o Núcleo-NUSA, abreviadamente, e a desproporção, nelas, quanto a mais de 50% das exportações cearenses se destinarem a portos estadunidenses, dos quais, no entanto, somente 10% do total exportado tinha o porto de Fortaleza como destino, circunstância reveladora de uma vantagem considerável a favor da economia local.

 

Pensamento e ação

Ao transmitir a presidência do Sistema FIEC ao seu sucessor em 17 de setembro de 1999, o economista Fernando Cirino Gurgel tinha consubstanciado a imagem, não somente a impressão, de um administrador de méritos incontestáveis, para quantos estavam informados sobre as realizações por ele impulsionadas no exercício do mandato, iniciado em 1992, assinalado na etapa final por eventos como o encontro com os parlamentares cearenses acerca das reformas estruturais, os treinamentos de capacitação em gestão tecnológica programados para a competitividade, o Seminário Financiando Qualidade na Era da Globalização, o Prêmio SESI Qualidade do Trabalho, a participação no XXI Congresso de Economistas, as reuniões sobre temas de grande atualidade e importância Design e Competitividade, Formação Profissional e Desenvolvimento Industrial dos Municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, Oportunidades de Negócio do Brasil e Exterior, Tecnologia em Cerâmica, Aumento da Competitividade na Construção Civil, através do uso do aço, Profissionais que Fazem Valer, Promoção da Residência e o Desenvolvimento Infantil, Estação Aduaneira Interior-EADI, e, Difusão dos Mecanismos de Apoio à Competitividade das Pequenas e Médias Empresas.

Acrescentadas outras atividades, promovidas pela FIEC ou com a participação dela, a exemplo do projeto Concretizando a Educação, o Worshop Sistema de Gestão Tecnológica, o I Fórum Norte-Nordeste de Entidades Patronais do Segmento de Panificação e Confeitaria, o evento Cidades Irmãs 1998-Missão de Prefeitura: negócios e amizade entre os Estados Unidos e o Brasil, outro, Worshop, este sobre Marketing em Qualidade Ambiental de âmbito internacional, a I Reunião Técnica dos Conselheiros Master para a implementação do Programa Ceará, a publicação do Guia Industrial do Ceará 1999, as viagens a outros países para contatos com as autoridades e os empresários, os cursos de várias modalidades freqüentemente realizados, a construção e a inauguração do Centro de Formação Profissional Waldyr Diogo de Siqueira, a premiação às empresas do Ceará com o Certificado ISO 2000 já obtido, o comparecimento aos atos promovidos pelos Sindicatos filiados e a Associação dos Jovens Empresários-AJE, enfim as realizações constantes, atestam o poder da vontade criativa projetada pelo fluxo das idéias incentivadoras do exercício das faculdades humanas, notadamente o da consciência da responsabilidade social de quem não esmorece ante as dificuldades postas, não raro, pela desesperança, quando não pelo desespero daqueles vencidos pelo pessimismo desestimulador.

As ações exteriorizam as idéias em dimensões da qualidade e intensidade, por conseguinte atribuindo-lhes o valor, porém no limite da razão a fim de não se apresentarem ideologias absolutistas e extremistas, pois essas caracterizam-se por serem herméticas, em um circuito exclusivo de pressuposições de verdades científicas, cuja imposição à sociedade ocorre por uma organização estatal de feição totalitária; inversamente o idealismo frutifica experiências as mais diversas, mediante a livre manifestação dos valores pessoais, respeitando a personalidade, aqui se reconhecendo como exemplo, o êxito da presidência do economista Fernando Cirino Gurgel na Federação das Indústrias do Estado do Ceará.

Se bem a organização corporativa do empresariado fosse orientada, já na sua instituição, por ideais construtivos e generosos, expressos, notadamente, pelo SESI, com fundamento nos princípios e finalidades do Serviço Social, recorrendo, precisamente, à colaboração de empresários, prejudicados, em sua atividade profissional, sem nenhuma recompensa material, foram ditos ideais, sob o influxo de circunstâncias externas, relegados freqüentemente, visados, em primeiro lugar, os resultados precipuamente econômicos, expressos por séries estatísticas; o interesse maior, da capacitação para o bem estar do povo, sofreu uma retração bastante sensível, mas justificável por circunstâncias imperiosas, face às quais o economista Fernando Cirino Gurgel projetaria a sua vocação de administrador criativo, apoiando-se nos motes parceria e integração, com efeitos a bem dizer surpreendestes, por contemplar o horizonte do progresso, não somente o do desenvolvimento, a expressão dos valores humanos além da estatística da produção.

Em seus constantes pronunciamentos, o presidente da FIEC aqui em referência expôs sempre o panorama das realizações da entidade bem iluminado pelo jato de luz das idéias, ressaltando a dependência da ação no tocante ao pensamento, com a ênfase pela qual se fez merecedor da confiança, do respeito e da admiração tanto de numerosos parceiros no âmbito local, no regional, no nacional e no mundial, quanto dos muitos milhares de beneficiados com promoções do tipo Ação Global, dos convênios interinstitucionais e, evidentemente, dos Departamentos Regionais do SESI e do SENAI, do Instituto Euvaldo Lodi, dos Sindicatos da Indústria, da Associação dos Jovens Empresários, da classe empresarial, enfim da parcela maior do povo cearense, cuja esperança de um futuro melhor sustentou, e continuará sustentando, na geração atual e nas seguintes.

:: topo ::